Integral múltipla

A integral múltipla é uma integral definida para funções de múltiplas variáveis.

Assim como a integral definida de uma função positiva de uma variável representa a área entre o gráfico e o eixo x, a integral dupla de uma função de duas variáveis representa o volume entre o gráfico e o plano que contém seu domínio. Se houver mais de duas variáveis, a integral representa o hipervolume de funções multidimensionais.

Integrais múltiplas de uma função de n variáveis sobre um domínio D são geralmente representadas por sinais de integrais juntos na ordem reversa de execução (a integral mais à esquerda é computada por último) seguidos pela função e pelos símbolos de diferenciais das variáveis de integração na ordem apropriada (a variável mais à direita é integrada por último). O domínio de integração é representado simbolicamente em todos os sinais de integração ou é, freqüentemente, abreviado por uma letra no sinal de integração mais à direita:

D f ( x 1 , x 2 , , x n ) d x 1 d x 2 d x n {\displaystyle \int \!\!\int \!\!\ldots \int _{D}\,f(x_{1},x_{2},\ldots ,x_{n})\,dx_{1}\,dx_{2}\ldots dx_{n}}

Uma vez que é impossível calcular a primitiva de uma função de múltiplas variáveis, não existem integrais múltiplas indefinidas. Assim, todas as integrais múltiplas são definidas.

Exemplos

Por exemplo, o volume do paralelepípedo de lados 4, 5 e 6 pode ser calculado usando:

  • A integral dupla
D 5 d x d y {\displaystyle \int \!\!\int _{D}\,5\,dx\,dy}

da função f ( x , y ) = 5 {\displaystyle f(x,y)=5} na região D no plano xy que forma a base do paralelepípedo.

  • A integral tripla
D 1 d x d y d z {\displaystyle \int \!\!\int \!\!\int _{D}\,1\,dx\,dy\,dz}

da função constante unitária sendo D o próprio paralelepípedo.

Definição

Assim como nas integrais de uma variável, a integral múltipla pode ser definida a partir de uma Soma de Riemann.[1][2]

Integral múltipla sobre uma região retangular

Esboço de uma partição C {\displaystyle C} de uma região retangular T = [ a 1 ,   b 1 ) × [ a 2 ,   b 2 ) {\displaystyle T=[a_{1},~b_{1})\times [a_{2},~b_{2})} .

Consideramos T R n {\displaystyle T\subset \mathbb {R} ^{n}} um retângulo de n 1 {\displaystyle n\geq 1} dimensões semi-aberto:

T = [ a 1 , b 1 ) × [ a 2 , b 2 ) × × [ a n , b n ) {\displaystyle T=[a_{1},b_{1})\,\times \,[a_{2},b_{2})\,\times \ldots \,\times \,[a_{n},b_{n})}

Particionamos cada intervalo [ a i , b i ) {\displaystyle [a_{i},b_{i})} em uma família I i {\displaystyle I_{i}} de intervalos disjuntos semi-abertos (fechados na esquerda e aberto na direita). Desta forma,

C = I 1 × I 2 × × I n {\displaystyle C=I_{1}\,\times \,I_{2}\,\times \ldots \,\times \,I_{n}}

é uma família finita de subretângulos disjuntos que forma uma partição de T {\displaystyle T} .

Seja f : T R {\displaystyle f:T\to \mathbb {R} } uma função definida em T {\displaystyle T} . Para cada partição C {\displaystyle C} de T {\displaystyle T} temos

T = C 1 C 2 C m {\displaystyle T=C_{1}\cup C_{2}\cup \cdots \cup C_{m}}

onde m {\displaystyle m} é o número de subretângulos pertencentes à partição C {\displaystyle C} e C j {\displaystyle C_{j}} denota o j {\displaystyle j} -ésimo retângulo desta. Uma soma de Riemann de f {\displaystyle f} associada à partição C {\displaystyle C} é dada por:

k = 1 m f ( P k ) m ( C k ) {\displaystyle \sum _{k=1}^{m}f(P_{k})\,\operatorname {m} (C_{k})}

onde para cada k, P k {\displaystyle P_{k}} é um ponto pertencente a C k {\displaystyle C_{k}} e m ( C k ) {\displaystyle \operatorname {m} (C_{k})} é o produto dos comprimentos dos intervalos que formam C k {\displaystyle C_{k}} .

Dizemos que a função f {\displaystyle f} é integrável pelo conceito de Riemann (ou, simplesmente, Riemann integrável) se o limite

S ( C , f ) = lim δ 0 k = 1 m f ( P k ) m ( C k ) {\displaystyle S(C,f)=\lim _{\delta \to 0}\sum _{k=1}^{m}f(P_{k})\,\operatorname {m} \,(C_{k})}

existe, onde este é tomado sobre todas as partições possíveis de T {\displaystyle T} cujo diâmetro de cada subretângulo é no máximo δ. Se f {\displaystyle f} é Riemann integrável, S ( C , f ) {\displaystyle S(C,f)} é chamada integral de Riemann de f {\displaystyle f} sobre T {\displaystyle T} . Escrevemos:

T f ( x 1 , x 2 , , x n ) d x 1 d x 2 d x n = lim δ 0 k = 1 m f ( P k ) m ( C k ) {\displaystyle \int \!\!\int \!\!\ldots \int _{T}\,f(x_{1},x_{2},\ldots ,x_{n})\,dx_{1}\,dx_{2}\ldots dx_{n}=\lim _{\delta \to 0}\sum _{k=1}^{m}f(P_{k})\,\operatorname {m} \,(C_{k})}

A integral múltipla sobre um subconjunto compacto de R n {\displaystyle \mathbb {R} ^{n}}

Esboço de uma região de integração D R 2 {\displaystyle D\subset \mathbb {R} ^{2}} compacta e ilustração do procedimento de partição.

A integral de Riemann de uma função definida sobre um subconjunto compacto qualquer pode ser definida estendendo a função para um retângulo semi-aberto cujos valores fora do domínio original são nulos. Mais precisamente, sejam D R n {\displaystyle D\subset \mathbb {R} ^{n}} compacto e f : D R {\displaystyle f:D\to \mathbb {R} } função limitada definida em D {\displaystyle D} . Consideramos a extensão de f {\displaystyle f} para o domínio R n {\displaystyle \mathbb {R} ^{n}} assumindo que f 0 {\displaystyle f\equiv 0} fora de D {\displaystyle D} . Como D {\displaystyle D} é limitado, tomamos um retângulo T D {\displaystyle T\supset D} .

De forma análogo ao caso anterior, dizemos que a função f {\displaystyle f} é Riemann integrável sobre D {\displaystyle D} quando existe L R {\displaystyle L\in \mathbb {R} } (valor da integral) tal que, para todo número real ϵ > 0 {\displaystyle \epsilon >0} , existe uma partição C ϵ {\displaystyle C_{\epsilon }} de T {\displaystyle T} tal que se C {\displaystyle C} é um refinamento de C ϵ {\displaystyle C_{\epsilon }} e S ( C , f ) {\displaystyle S(C,f)} é qualquer soma de Riemann de f {\displaystyle f} associada à partição C {\displaystyle C} , então | S ( C , f ) L | < ϵ {\displaystyle |S(C,f)-L|<\epsilon } .

Note que o limite L {\displaystyle L} , quando existe, não depende da escolha do retângulo T {\displaystyle T} , desde que ele contenha D {\displaystyle D} .

Propriedades

As integrais múltiplas têm várias propriedades análogas às integrais simples (unicidade, linearidade, aditividade, etc).[2] Além disso, uma integral múltipla pode ser usada para definir o valor médio de uma função em um dado conjunto. Dado um conjunto D R n {\displaystyle D\subset \mathbb {R} ^{n}} e uma função integrável f {\displaystyle f} sobre D {\displaystyle D} , a valor médio de f {\displaystyle f} sobre seu domínio é dado por

f ¯ = 1 m ( D ) D f ( x ) d x , {\displaystyle {\bar {f}}={\frac {1}{m(D)}}\int _{D}f(x)\,dx,}

onde m ( D ) {\displaystyle \;m(D)} é a medida de D {\displaystyle \;D} .

Métodos de Integração

A resolução de problemas com integrais múltiplas consiste na maioria dos casos em achar um método de reduzir a integral múltipla a uma série de integrais de uma variável, sendo cada uma diretamente integrável. Este procedimento é garantido pelo Teorema de Fubini.

Fórmulas de redução

Fórmulas de redução usam o conceito de domínio simples para possibilitar a decomposição da integral múltipla como um produto de integrais simples. Essas têm que ser resolvidas da direita para a esquerda considerando as outras variáveis como constantes (o mesmo procedimento adotado para o cálculo de derivadas parciais).

Domínios no R2

Eixo x

Esboço de um domínio do tipo D : a x b , α ( x ) y β ( x ) . {\displaystyle D:a\leq x\leq b,\alpha (x)\leq y\leq \beta (x).}

Se D {\displaystyle D} é um domínio delimitado por x = a {\displaystyle x=a} (esquerda), x = b {\displaystyle x=b} (direita), y = α ( x ) {\displaystyle y=\alpha (x)} (inferior) e por y = β ( x ) {\displaystyle y=\beta (x)} (superior) (veja ,então, a integral pode ser reduzida a:

D f ( x , y ) d x d y = x = a x = b y = α ( x ) y = β ( x ) f ( x , y ) d y d x {\displaystyle \int \!\!\int _{D}\,f(x,y)\,dx\,dy\,=\int _{x=a}^{x=b}\int _{y=\alpha (x)}^{y=\beta (x)}f(x,y)\,dy\,dx}

Eixo y

Esboço de um domínio do tipo D : a y b , α ( y ) x β ( y ) . {\displaystyle D:a\leq y\leq b,\alpha (y)\leq x\leq \beta (y).}

Se D {\displaystyle D} é um domínio delimitado por y = a {\displaystyle y=a} (superior), y = b {\displaystyle y=b} (inferior), x = α ( y ) {\displaystyle x=\alpha (y)} (esquerda) e por x = β ( y ) {\displaystyle x=\beta (y)} (direita),então, a integral pode ser reduzida a:

D f ( x , y ) d x d y = y = a y = b x = α ( y ) x = β ( y ) f ( x , y ) d x d y {\displaystyle \int \!\!\int _{D}\,f(x,y)\,dx\,dy\,=\int _{y=a}^{y=b}\int _{x=\alpha (y)}^{x=\beta (y)}f(x,y)\,dx\,dy}

Domínios no R3

As integrais triplas são reduzidas a integrais duplas e estas a integrais simples; assim, se no plano x y {\displaystyle xy} o domínio é limitado por z = α ( x , y ) {\displaystyle z=\alpha (x,y)} e z = β ( x , y ) {\displaystyle z=\beta (x,y)} , a integral fica:

D z = α ( x , y ) z = β ( x , y ) f ( x , y , z ) d z d x d y {\displaystyle \int \!\!\int _{D}\int _{z=\alpha (x,y)}^{z=\beta (x,y)}\,f(x,y,z)\,dz\,dx\,dy}

Agora, temos uma integral dupla sobre D {\displaystyle D} .

Mudança de variável

Às vezes, regiões complicadas podem ser transformadas em regiões simples através de uma mudança de variável. Seja f : D R n R {\displaystyle f:D\subset \mathbb {R} ^{n}\to \mathbb {R} } e u = u ( x 1 ,   x 2 ,   ,   x n ) {\displaystyle \mathbf {u} =\mathbf {u} (x_{1},~x_{2},~\ldots ,~x_{n})} uma bijeção de T R n {\displaystyle T\subset \mathbb {R} ^{n}} em D {\displaystyle D} . A substituição de variáveis x = ( x 1 ,   x 2 ,   ,   x n ) {\displaystyle \mathbf {x} =(x_{1},~x_{2},~\ldots ,~x_{n})} para u = ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) {\displaystyle \mathbf {u} =(u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})} pode ser feita conforme seque:

D f ( x 1 ,   x 2 ,   ,   x n ) d x 1 d x 2 d x n = T F ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) | J ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) | d u 1 d u 2 u n {\displaystyle \int \int \cdots \int _{D}f(x_{1},~x_{2},~\ldots ,~x_{n})dx_{1}dx_{2}\cdots dx_{n}=\int \int \cdots \int _{T}F(u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})\left|J(u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})\right|du_{1}du_{2}\cdots u_{n}}

onde F {\displaystyle F} é a função f {\displaystyle f} nas variáveis ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) {\displaystyle (u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})} e J ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) = ( x 1 ,   x 2 ,   ,   x n ) ( u 1 ,   u 2 ,   ,   u n ) {\displaystyle J(u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})={\frac {\partial (x_{1},~x_{2},~\ldots ,~x_{n})}{\partial (u_{1},~u_{2},~\ldots ,~u_{n})}}} é o determinante da matriz Jacobiana da transformação.

Integrais duplas em coordenadas polares

Seja f : R 2 R {\displaystyle f:\mathbb {R} ^{2}\to \mathbb {R} } definida por z = f ( x , y ) {\displaystyle z=f(x,y)} . Em coordenadas polares temos x = r cos ( θ ) {\displaystyle x=r{\text{cos}}(\theta )} e y = r sen ( θ ) {\displaystyle y=r{\text{sen}}(\theta )} , onde r 2 = x 2 + y 2 {\displaystyle r^{2}=x^{2}+y^{2}} e θ = arc tg ( y x ) {\displaystyle \theta ={\text{arc tg}}\left({\frac {y}{x}}\right)} . Segue da mudança de variáveis que:

D f ( x , y ) d x d y = T f [ r cos ( θ ) ,   r sen ( θ ) ] | J ( r , θ ) | d r d θ {\displaystyle \int \int _{D}f(x,y)dxdy=\int \int _{T}f[r{\text{cos}}(\theta ),~r{\text{sen}}(\theta )]|J(r,\theta )|drd\theta }

sendo | J ( r , θ ) | = r {\displaystyle |J(r,\theta )|=r} .[1]

Integrais triplas em coordenadas cilíndricas

Seja f : R 3 R {\displaystyle f:\mathbb {R} ^{3}\to \mathbb {R} } definida por w = f ( x , y , z ) {\displaystyle w=f(x,y,z)} . Em coordenadas cilíndricas temos x = r cos ( θ ) {\displaystyle x=r{\text{cos}}(\theta )} , y = r sen ( θ ) {\displaystyle y=r{\text{sen}}(\theta )} e z = z {\displaystyle z=z} , onde r 2 = x 2 + y 2 {\displaystyle r^{2}=x^{2}+y^{2}} e θ = arc tg ( y x ) {\displaystyle \theta ={\text{arc tg}}\left({\frac {y}{x}}\right)} . Segue da mudança de variáveis que:

D f ( x , y , z ) d x d y d z = T f [ r cos ( θ ) ,   r sen ( θ ) ,   z ] | J ( r , θ , z ) | d r d θ d z {\displaystyle \int \int \int _{D}f(x,y,z)dxdydz=\int \int \int _{T}f[r{\text{cos}}(\theta ),~r{\text{sen}}(\theta ),~z]|J(r,\theta ,z)|drd\theta dz}

sendo | J ( r , θ , z ) | = r {\displaystyle |J(r,\theta ,z)|=r} .

Integrais triplas em coordenadas esféricas

Seja f : R 3 R {\displaystyle f:\mathbb {R} ^{3}\to \mathbb {R} } definida por w = f ( x , y , z ) {\displaystyle w=f(x,y,z)} . Em coordenadas esféricas temos x = ρ sen ( ϕ ) cos ( θ ) {\displaystyle x=\rho {\text{sen}}(\phi ){\text{cos}}(\theta )} , y = ρ sen ( ϕ ) sen ( θ ) {\displaystyle y=\rho {\text{sen}}(\phi ){\text{sen}}(\theta )} e z = ρ cos ( ϕ ) {\displaystyle z=\rho {\text{cos}}(\phi )} , onde ρ = x 2 + y 2 + z 2 {\displaystyle \rho =x^{2}+y^{2}+z^{2}} , ϕ = arc tg ( x 2 + y 2 z ) {\displaystyle \phi ={\text{arc tg}}\left({\frac {\sqrt {x^{2}+y^{2}}}{z}}\right)} e θ = arc tg ( y x ) {\displaystyle \theta ={\text{arc tg}}\left({\frac {y}{x}}\right)} . Segue da mudança de variáveis que:

D f ( x , y , z ) d x d y d z = T f [ ρ sen ( ϕ ) cos ( θ ) ,   ρ sen ( ϕ ) sen ( θ ) ,   ρ cos ( ϕ ) ] | J ( ρ , ϕ , θ ) | d ρ d ϕ d θ {\displaystyle \int \int \int _{D}f(x,y,z)dxdydz=\int \int \int _{T}f[\rho {\text{sen}}(\phi ){\text{cos}}(\theta ),~\rho {\text{sen}}(\phi ){\text{sen}}(\theta ),~\rho {\text{cos}}(\phi )]|J(\rho ,\phi ,\theta )|d\rho d\phi d\theta }

sendo | J ( r , ϕ , θ ) | = ρ 2 sen ( ϕ ) {\displaystyle |J(r,\phi ,\theta )|=\rho ^{2}{\text{sen}}(\phi )} .[1]

Visualização

O motivo de, numa mudança de variáveis, multiplicar-se o integrando pelo determinante da matriz jacobiana pode ser visualizado, para o caso de 2 variáveis, na figura abaixo:

Nesse exemplo, um mapeamento linear de (u,v) em (x,y) resulta num aumento de área e distorção angular da figura. Se selecionarmos um subdomínio do quadrado maior em (u,v), os ângulos entre lados opostos diminuem, e a imagem mapeada tende a um paralelogramo, para uma função contínua e diferenciável.

Mapeamento linear de u,v em x,y. A imagem tende a um paralelogramo para menores domínios.

A área do paralelogramo é o produto dos lados pelo seno do ângulo entre eles.
Como na figura, o ângulo entre os lados é 90 ( α + β ) {\displaystyle 90-(\alpha +\beta )} :

S Δ x Δ y = Δ x c o s ( β ) Δ y c o s ( α ) c o s ( α + β ) {\displaystyle S_{\Delta {x}\Delta {y}}={\frac {\Delta {x}}{cos({\beta })}}*{\frac {\Delta {y}}{cos({\alpha })}}*cos({\alpha +\beta })} ,

Como c o s ( α + β ) = c o s ( α ) c o s ( β ) s e n ( α ) s e n ( β ) {\displaystyle cos({\alpha +\beta })=cos({\alpha })*cos({\beta })-sen({\alpha })*sen({\beta })} :

S Δ x Δ y = Δ x Δ y Δ x Δ y t a n ( α ) t a n ( β ) {\displaystyle S_{\Delta {x}\Delta {y}}=\Delta {x}*\Delta {y}-\Delta {x}*\Delta {y}*tan({\alpha })*tan({\beta })}

Dividindo por Δ u Δ v {\displaystyle \Delta {u}*\Delta {v}} para determinar a relação entre as áreas:

S Δ x Δ y S Δ u Δ v = Δ x Δ u Δ y Δ v Δ x t a n ( β ) Δ u Δ y t a n ( α ) Δ v {\displaystyle {\frac {S_{\Delta {x}\Delta {y}}}{S_{\Delta {u}\Delta {v}}}}={\frac {\Delta {x}}{\Delta {u}}}*{\frac {\Delta {y}}{\Delta {v}}}-{\frac {\Delta {x}*tan({\beta })}{\Delta {u}}}*{\frac {\Delta {y}*tan({\alpha })}{\Delta {v}}}}

Δ x t a n ( β ) {\displaystyle \Delta {x}*tan({\beta })} é o deslocamento vertical em ( x , y {\displaystyle x,y} ) correspondente a Δ u {\displaystyle \Delta {u}} .

Δ y t a n ( α ) {\displaystyle \Delta {y}*tan({\alpha })} é o deslocamento vertical em ( x , y {\displaystyle x,y} ) correspondente a Δ v {\displaystyle \Delta {v}} .

Portanto quando Δ u Δ v {\displaystyle \Delta {u}\Delta {v}} tende a zero,

d x d y = ( x u y v y u x v ) d u d v {\displaystyle d{x}d{y}=({\frac {\partial {x}}{\partial {u}}}*{\frac {\partial {y}}{\partial {v}}}-{\frac {\partial {y}}{\partial {u}}}*{\frac {\partial {x}}{\partial {v}}})*d{u}d{v}} ,

a relação entre as áreas infinitesimais é o determinante da matriz jacobiana.

Um mapeamento não linear também leva ao mesmo resultado, porque ele tende à situação linear à medida que se reduz o domínio.[3]

Ver também

Referências

  1. a b c Thomas, George (2003). Cálculo - Volume 2. [S.l.]: Pearson. ISBN 9788581430874 
  2. a b Bartle, Robert G. (1976). The Elements of Real Analysis Second Edition ed. [S.l.]: Wiley. ISBN 9780471054641 
  3. Change of Variable for Multiples Integrals