Guerra Civil Equatoriana de 1932

Guerra Civil Equatoriana de 1932

Tropas entrincheiradas nas ruas de Quito.
Data 28 de agosto de 1932-1 de setembro de 1932
Casus belli Oposição à desqualificação do presidente eleito Neptalí Bonifaz pelo poder legislativo
Desfecho Victoria governista
Beligerantes
Governo:
borde Liberais
Rebeldes:
borde Conservadores
Compactación Obrera Nacional
Comandantes
borde Alfredo Baquerizo Moreno (e)
borde Carlos Freile Larrea (e)
borde Angel Isaac Chiriboga
borde Neptalí Bonifaz
borde Carlos Salvador

A guerra civil de 1932 ou Guerra dos Quatro Dias foi um conflito civil equatoriano que opôs as forças do governo liberal do chefe do poder executivo Alfredo Baquerizo Moreno contra o bando dos rebeldes conservadores partidários de Neptalí Bonifaz.

Antecedentes

A renúncia do presidente Isidro Ayora em 1931 produziu a convocação de novas eleições presidenciais para escolher seu sucessor.

Foram convocadas por Alfredo Baquerizo Moreno, que ao receber o encargo do poder executivo prometeu que garantiria a liberdade eleitoral, e que durante o seu período interino ressuscitaria o voto livre e o eleitorado nacional.[1]

Os candidatos foram: Neptalí Bonifaz, pelo Partido Conservador Equatoriano, apoiado pela Compactación Obrera Nacional[2] e um setor liberal dissidente; Modesto Larrea, pelo Partido Liberal Radical Equatoriano e pela esquerda; e o Tenente-Coronel Ildefonso Mendoza, um independente apoiado pelo Partido Socialista Equatoriano e cidadãos de diferentes tendências políticas.

Desenrolar

Neptalí Bonifaz Ascázubi foi eleito presidente do Equador, no entanto, em 20 de agosto de 1932, o presidente eleito foi desqualificado pelo Congresso equatoriano, sendo declarado "inapto para exercer a Presidência", ao atribuir-se a nacionalidade peruana por meio de correspondência, em meio a acusações políticas.[3]

Em 28 de agosto de 1932, como resultado da decisão do Congresso, a guarnição da capital (Quito), juntamente com o Compactación Obrera Nacional e os cidadãos favoráveis a Neptalí Bonifaz, iniciaram um levante.

A Compactación Obrera Nacional e partidários saíram às ruas para apoiar os batalhões que respaldavam Neptalí Bonifaz e procuraram armas nos quartéis; por esse motivo, Alfredo Baquerizo Moreno, encarregado do poder executivo naqueles momentos difíceis, teve que se refugiar na embaixada argentina depois de colocar a liderança do país nas mãos de Carlos Freile Larrea.[4]

Houve um confronto sangrento entre os rebeldes e as tropas leais ao governo que, chegando de outras províncias, buscavam conquistar Quito e acabar com o levante.[4]

Consequências

Este episódio, no qual morreram mais de duas mil pessoas, culminou com a rendição dos insurgentes em 1 de setembro de 1932 e o compromisso entre as partes opositoras de confiar temporariamente o poder executivo a Alberto Guerrero Martínez[5] até a convocação de novas eleições presidenciais.

Referências

  1. «Ecuador Presidentes». Cópia arquivada em 30 de junho de 2012 
  2. Bustos, Guillermo. La politización del “problema obrero”. Los trabajadores quiteños entre la identidad 'pueblo’ y la identidad ‘clase’ (1931-34) (PDF) (em espanhol). [S.l.]: Universidad Andina Simon Bolivar 
  3. 20 de agosto de 1932: Neptalí Bonifaz fue descalificado como presidente por ANDES - 20 de agosto de 2011.
  4. a b Enciclopedia del Ecuador. Neptalí Bonifaz.
  5. Enciclopedia del Ecuador. Guerra de los Cuatro Días.
  • Portal do Equador